Quando navegamos na world wide web a procura de noticias, às
vezes nos deparamos com algumas delas que não citam casos de corrupção,
acidentes ou tem relação com a criminalidade, vez ou outra surgem notícias que
nos fazem cair na gargalhada ( que queima calorias, então mais motivos para
sorrir), dentre essas informações que não deixam de ser sérias, aparecem algumas
relacionadas com o excesso de peso, casos que se você tiver outra ótica podem
ser bem tristes, como a história do cachorro bolinha que há 12 anos foi abandonado
em um posto de combustíveis e acabou virando o mascote da lanchonete do
estabelecimento, mas acabou engordando demais depois que os clientes começaram
a dar comida pra ele, após uma reportagem feita ele foi resgatado por
uma ONG e tem o objetivo de perder peso. A reportagem na integra aqui.
Bolinha, durante dieta e academia para perder peso Depois |
O drama de bolinha Antes |
Outra
reportagem também recente mostra o gato obeso chamado Little Dude, que
pesava a época 16,3 kg (sendo que o ideal para um felis domesticus, gira entre 5 e 6 kg), e que foi adotado por uma
Californiana, que tem a meta de assim como o cão bolinha, fazer com que o animal perca peso.
Little Dude, sim, apenas um pequeno gatinho |
O que
esses dois casos tem em comum ao tema do blog? Mais do que você imagina. Como
podemos observar, a obesidade está visivelmente estabelecida nesses dois
animais, que comos sabemos, chegaram a este ponto através de hábitos
alimentares ruins ( o “bolinha” era mascote de uma lanchonete, comia de tudo e
a quase todo tempo) e sedentarismo, nesse ponto esses dois animais se
assemelham ao perfil da pessoa obesa, e a grande parte da população brasileira,
segundo o Ministério da Saúde, mas há duas diferenças gritantes entre esses
animais e a maioria das pessoas, a primeira é que eles passaram a ter uma vida
mais saudável, é claro com toda a orientação de um ser humano, e a segunda é
que eles são irracionais (pelo menos em parte), enquanto nós temos consciência
sobre o que pode vir a ser bom ou ruim ao nosso corpo e a nossa mente.
Também
ao navegar a procura de noticias, achamos pesquisas que ampliam
ainda mais o conceito de quanto a obesidade como doença crônica pode ser
alarmante. Um estudo publicado na revista “The Lancet” por uma equipe do
Instituto de Pesquisa do Centro de Saúde da Universidade McGill de Montreal
(Canadá) que elaborou um modelo informático da incidência de doenças conforme o
peso, com dados extraídos do estudo de nutrição e saúde nacional dos Estados
Unidos. A partir disso eles concluíram que a obesidade pode reduzir em até oito anos a
expectativa de vida das pessoas e em 19 os anos de vida sem doenças.
Os
especialistas calcularam o risco de contrair diabetes e doenças
cardiovasculares para adultos de diferentes pesos e, depois, analisaram o
efeito do sobrepeso e da obesidade nos anos de vida que perdiam - e nos anos de
vida saudável perdidos - de adultos americanos com idades entre 20 e 79 anos,
comparado com pessoas de peso normal.
Eles
comprovaram que as pessoas com sobrepeso (o índice de massa corporal, ou IMC,
de 25) perdiam até três anos de expectativa de vida, dependendo de sua idade e
gênero. As pessoas obesas (IMC de 30) perdiam de um a seis anos, enquanto as
muito obesas (IMC de 35) viam sua vida diminuída de um a oito anos, comparado
com pessoas com um IMC ajustado a sua altura e dimensões.
Sabe
aqueles ratinhos de laboratório? Eles são tão parecidos conosco que são
utilizados em experimentos, para testar novas drogas, ou testar hipóteses a
respeito das mais diversas doenças. A partir de estudos feitos nessas cobaias
com ratos magros e obesos, os pesquisadores da
Unicamp verificaram que bastava apenas uma sessão de 3 horas de exercício para
que a ingestão de alimentos nos animais obesos diminuísse aos mesmos níveis
observados nos animais magros, portanto, eles concluíram que além de
promover o gasto de energia, a pratica da atividade física é capaz de diminuir
a ingestão de alimentos por obesos, ou seja, mais um ponto para o exercício físico,
frente a dietas miraculosas, além é claro de vários benefícios expostos na primeira
postagem do blog . Essa pesquisa demonstra que o exercício tem um duplo beneficio.
Mas de que forma o exercício ajuda a diminuir a ingestão? Bem, a obesidade provoca um processo de inflamação de baixa
intensidade em uma região do cérebro chamada hipotálamo, que, entre outras
funções, está envolvida no controle da saciedade.
Em um
indivíduo saudável, o hipotálamo é sensível à ação dos hormônios insulina e
leptina, que conseguem penetrar nesse tecido cerebral e aumentar a expressão de
peptídeos (chamados anorexigênicos) que reduzem a ingestão de alimentos. Mas a
inflamação faz com que
o hipotálamo se torne resistente à ação da insulina e da leptina.
A atividade
física é capaz de reduzir a inflamação no hipotálamo de obesos e restaurar a
sensibilidade dos neurônios dessa região à insulina e à leptina. Esse ef
eito
contribui para a redução da ingestão alimentar e, consequentemente, do peso
corporal.
Método
Ratão e ratinho |
Para chegar a essa
conclusão, a equipe submeteu 34 ratos magros e obesos a duas sessões de 3 horas
de exercício com 45 minutos de intervalo entre elas. “Com apenas
uma sessão de exercício, a ingestão alimentar dos ratos obesos foi reduzida aos
níveis observados nos ratos magros”, conta Ropelle.
Proteína anti-inflamatória
Segundo o pesquisador, esse fenômeno se deve à ação da proteína interleucina-6,
produzida no hipotálamo em resposta ao exercício físico.
“Embora esta seja uma proteína inflamatória, dependendo do tecido do corpo, ela
pode fazer a inflamação avançar ou reduzir”, explica Ropelle (pesquisador da
Unicamp). No caso do hipotálamo, a interleucina-6 aumenta a produção de
interleucina-10, que é uma proteína anti-inflamatória.
“O exercício é um modelo capaz de alterar localmente a interleucina-6”, explica
o pesquisador. Para confirmar a ação dessa proteína, o grupo injetou-a no
hipotálamo de ratos obesos e também observou a redução da ingestão alimentar.
“A interleucina-6 mimetizou o efeito do exercício”, conclui Ropelle.
Recordar é viver
Também há um documentário muito interessante a despeito dos nada amigáveis fast-foods: Super Size Me, a Dieta do Palhaço (o diretor Morgan Spurlock decide ser cobaia de um experimento. alimentar-se apenas nas lanchonetes McDonald's durante um mês. durante o período da experiência, o diretor fala da cultura do fast food e mostra os efeitos físicos e psicológicos desta alimentação. um ótimo documentário, sucesso de público e crítica) , logo abaixo.
Referências: