Não são poucos os estudos que
indicam que o peso acima do considerado ideal interfere de maneira maléfica na
saúde dos gordinhos, gerando
desconforto que interfere de forma significativa na qualidade de vida, quem já
esteve acima do peso e hoje está de bem com a balança que o diga. É consenso
geral que o excesso de peso contribui para a instalação de várias doenças,
dentre as que se destacam estão as doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, apneia do sono, alguns
tipos de cancro, osteoartrite e depressão. E essas doenças com
contagio ligado a obesidade respondem por 2/3 das mortes no mundo.
Mesmo havendo o conhecimento a
respeito da obesidade como doença crônica, nota-se um fenômeno quando
relacionamos o sobrepeso e o tabagismo, que mata 10 mil pessoas por dia em todo
o mundo. Enquanto houve uma redução drástica de fumantes que caíram
pela metade no Brasil nos últimos 20 anos, o número de pessoas com sobrepeso
aumentaram de maneira alarmante, sendo hoje considerada uma epidemia, no Brasil
o último levantamento do Ministério da Saúde
mostrou que mais da metade dos adultos brasileiros tem sobrepeso e pelo menos
17% da população está obesa. E tendo em vista a divulgação de todos esses dados
cabe a pergunta: se a população tem consciência dos prováveis males, porque a
quantidade de pessoas com peso acima do normal aumenta?
Uma das respostas pode ser o estilo de vida do brasileiro
que vem se modificando, tornando-se mais sedentário, tendo maus hábitos
alimentares, o advento de novas tecnologias e uma série de fatores que nos
fazem enfrentar hoje o que já passaram nações que tiveram industrialização
anterior a nossa, como os EUA que tem hoje 26% da população obesa.
E a solução do problema é simples, a obesidade pode ser remediada e evitada.
O principal remédio para a obesidade é a prática de
exercício físico que traz benefícios ao corpo e a mente, e portanto evitar ou
perder aqueles quilinhos indesejados deverá ser uma atividade prazerosa.
Os benefícios gerais da atividade física são:
- Emagrecer, combatendo a obesidade;
- Melhorar a circulação sanguínea;
- Aumentar o metabolismo;
- Fortalecer o sistema imune;
- Diminuir os riscos de doenças cardíacas;
- Aumentar a resistência dos ossos, prevenindo a
osteoporose;
- Melhorar a coordenação dos movimentos e do
equilíbrio;
- Aumentar a boa disposição e o bom humor;
- Diminuir o estresse, risco de ansiedade e
depressão;
- Promover uma maior interação social;
- Melhorar a imagem corporal e a auto estima;
- Melhorar a capacidade de aprendizagem.
Assim como aconteceu com o cigarro, as campanhas de
prevenção e conscientização do público em geral começam a engatinhar e ganhar
força no combate a esse mal. A mídia tem papel fundamental quando se trata em
incentivar a perda de peso, pois não adianta alguém lhe dizer que é prejudicial
a sua saúde, isso não é uma informação nova, mas alguém lhe informar que é
possível reduzir seu peso, como fazer isso e como esses novos hábitos podem
repercutir de maneira positiva na sua qualidade de vida.
Existe um quadro de um
programa muito famoso do horário nobre dominical, intitulado de “Medida Certa”,
que é um ótimo exemplo da influência positiva da mídia, sua ideia é muito
simples, captar personagens famosos e conhecidos no meio artístico ou esportivo
brasileiro, que estavam bem acima do peso considerado como saudável a partir
dos critérios adotados pela OMS, e então “deslipidiálos”,
ou seja, não torna-los ícones do fisiculturismo, mas sim os induzir a atingir o
peso ideal através da mudança de hábitos. A família brasileira se reúne e
acompanha o desenvolvimento de personagens como “Ronaldo Fenômeno” na sua
guerra contra a balança. Por trás das cortinas o quadro foi visto como uma
maneira de conscientizar o público dos malefícios que uma vida sedentária pode
trazer, e o melhor, mostrar que é possível vencer essa guerra de uma maneira
prazerosa, pois as pessoas não acompanham apenas o antes e o depois, mais o
durante.
De fato, pode-se dizer que a obesidade enquadra-se como um caso de saúde pública, tendo em vista toda a informação veiculada neste blog. Diz-se "problema de saúde pública" todo aquele que é refletido na sociedade e que pode alterar padrões de comportamento e a funcionalidade orgânica dos indivíduos, bem como propiciar o estado de adoecimento ou ausência do estado biopsicossocial, segundo as novas diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde).
ResponderExcluirDessa forma, é necessário observar que a raiz de boa parte dos males contemporâneos é o próprio sistema no qual estamos inseridos: o capitalismo. Padrões de comportamento variam de acordo com as necessidades de um mercado selvagem e das ideologias midiáticas. Dentre eles, o padrão alimentar, em que observa-se um número crescente de pessoas que se alimentam de "fast food", por conta do rápido preparo, bem como pela mensagem da mídia que persuadis o consumidor com falsas vantagens, proporcionando-lhe a médio e longo prazo, danos que possivelmente, sejam irreversíveis.
Dentre os perigos da má alimentação, elenca-se a ausência de nutrientes essenciais, como as vitaminas e sais minerais, o consumo exagerado de sódio, açúcares e lipídeos, bem como dos corantes e nitritos, que podem desencadear quadros de dislipidemia, diabetes e até mesmo, o câncer.
Os riscos mostram-se ainda mais expressivos quando falamos dos lipídeos e o aumento do "colesterol ruim" ou das lipoproteínas de baixa densidade que se aglomeram na parede das artérias (aterosclerose - arteriosclerose), expondo o consumidor - paciente a riscos de doenças cardiovasculares.
Dessa forma, é necessário que estimulemos a prática de atividades físicas e a alimentação regular e equilibrada, sobretudo por meio de nossa própria formação médica, além de um apoio estatal para a ampliação das áreas já construídas com academias, por exemplo, uma vez que isso reflete em qualidade de vida e saúde.
A obesidade pode se configurar como um estado de desnutrição, uma vez que o excesso de gordura se sobrepõe a outros nutrientes. O Brasil que é um país mundialmente reconhecido pela sua culinária bastante diversificada, passa atualmente por um momento de bastante preocupação quanto aos hábitos alimentares. O ritmo acelerado das grandes cidades favorece ao consumo frequente das comidas de preparo rápido, desfavorecendo assim a presença de nutrientes básicos o que torna a alimentação pobre em termos de diversificação. As consequências então não poderiam ser outras, doenças, preconceito, e uma série de outros problemas.
ResponderExcluirParabéns pela postagem, Naylson!
ResponderExcluirEnquanto estava lendo sua postagem me veio na cabeça aquele filme de animação Wall-e. Não sei se você já assistiu, mas ele traz também uma crítica a respeito das facilidades que as tecnologias trazem nas nossas vidas, porém chegando ao ponto de as pessoas desaprenderem a andar e se tornarem obesas enquanto as máquinas realizam trabalhos cotidianos simples.
A obesidade da população brasileira é uma questão preocupante e deve ser foco de atenção por parte do governo, pois realmente já se trata de um problema de saúde pública.
Muitas vezes esquecemos que comer muito não é sinônimo de comer bem, e confesso que muitas vezes me vejo caindo nesse pecado da gula! Portanto, além de instrução, acho que é fundamental uma reeducação alimentar da população.
Sugiro pra uma futura postagem o foco na obesidade infantil.
Aguardo novas postagens!! :D
Realmente é preocupante a porcentagem de obesos na população e seu aumento constante nos dias atuais. Esse fato pode ter como causa direta o estilo de vida ocidental, que preza o aproveitamento do tempo a seu máximo, fazendo com que as pessoas prefiram refeições rápidas e práticas, que não as atrasem. Estas refeições são geralmente alimentos industrializados e, muitas vezes, comprados em redes de fast-food. A ingestão desse tipo de alimento combinada à ausência de exercícios físicos leva ao grande número de obesos observado. Entretanto, a escolha por ingerir alimentos industrializados não é a única causa para a obesidade. Muitas pessoas com menores condições financeiras não possuem acesso a uma alimentação balanceada, ingerindo carboidratos e lipídios em excesso, o que também pode levar a um quadro de obesidade. Sendo assim, é urgente a necessidade de atenção especializada para os obesos nas Unidades Básicas de Saúde, visando esclarecer modos de alimentação mais saudável e buscando promover a possibilidade dessa nova alimentação. Além disso, os cuidados com o obeso devem ser no sentido de prevenir novas doenças que decorrem dessa condição, como doenças coronárias, hipertensão e diabetes. Espero novas postagens sobre o tema.
ResponderExcluirMuito boa a postagem Naylson, pois tratou de forma bem didática um tema que atinge uma grande parcela da população: a obesidade. Podemos citar, por exemplo, que mais de 50% do povo brasileiro está acima do peso. E por incrível que pareça essa doença crônica nao acomete somente adultos e idosos, mas até a parte infantil está sofrendo deste problema, haja vista, com o aprimoramento da mídia e das técnicas de marketing, as empresas alimentícias tem um elevado poder de perssuasão nesta faixa etária, aumentando, como por exemplo, o consumo de fast-foods, um dos principais responsáveis pela obesidade. Isso tudo acontece porque, como foi bem exposto no post, o estilo de vida brasileiro mudou bastante em menos de um século, virando mais sedentário, mudando bastante os hábitos alimentares e aumentando a ingestão de bebidas alcoolicas. Logo, é preciso incentivar a prática de atividades físicas e dietas balanceadas, para diminuir essa epidemia mundial. É um tema muito interessante, e aguardo novas postagens!
ResponderExcluirO interessante comentário sobre o programa "Medida Certa" lembrou-me de outros programas da TV americana. Enquanto há alguns como "The Biggest Loser" que mostram formas de perda de peso, há outros como "Man versus Food" que mostram os fast food mais gordurosos do território estadunidense e têm alta audiência. Isso faz pensar que a obesidade pode ter virado uma questão cultural naquele país, o que reforça a importância de prevenir o aumento da obesidade.
ResponderExcluirA obesidade é um retrato recorrente não só do Brasil, mas em outros países como no Estados Unidos, permitindo salientar diferentes realidades econômicas, com problemas de saúde pública semelhantes, porém influenciadas por uma cultura em que a maximização do tempo é a ferramenta de barganha, permitindo uma alimentação em fast foods, pelo temor da perca de tempo em um preparo mais adequado da alimentação associada à falta de atividade física.
ResponderExcluirNão se pode deixar de salientar da parcela metabólica e genética sobre a obesidade, em que embora sua causa seja multifatorial, a predisposição genética tem uma grande parcela contribuitiva, necessitando assim, de um apanhado mais específico sobre a alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos.