sábado, 25 de outubro de 2014

Desmisticolesterolizando, clínica.

.           Na última postagem foi comentado o que era o colesterol, sua importância no organismo e explanação sobre seus transportadores, o LDL e HDL, na segunda parte da postagem trataremos do aspecto clinico, decorrentes do excesso de colesterol no mecanismo corporal.

Como já exposto, o colesterol aumenta o risco de doenças relacionadas ao sistema cardiovascular somado a outras variáveis. Os seguintes fatores aumentam o risco de doença coronariana:
• Colesterol alto
• Fumo
• Pressão alta
• Diabete
• Obesidade
• Idade: homens acima de 45 anos e mulheres acima de 55 anos
• Sexo masculino
• História de doença coronariana nos familiares próximos

O colesterol é um dos principais fatores de risco para doença coronariana passíveis de controle, junto ao fumo e a pressão alta. A Idade, sexo, história familiar são considerados fatores de risco não modificáveis. O controle do colesterol retarda o endurecimento das artérias e pode mesmo reverter o processo de crescimento da placa, ou seja, levar à sua regressão, ainda que parcial. Estudos clínicos demonstraram que a queda de um ponto percentual nos níveis de colesterol associa-se com uma queda de dois pontos percentuais (o dobro!) no risco de ataque cardíaco. Recentemente demonstrou-se que o tratamento agressivo do colesterol alto com medicamentos e dieta reduziu significativamente o risco de morte decorrente de aterosclerose coronariana, além de melhorar a sobrevida dos pacientes.

O que influencia o nível de colesterol no sangue?
Não obstante o aumento de peso e a ingestão de gordura animal possam aumentar o colesterol, o componente hereditário é decisivo. Aquele indivíduo tem colesterol alto constitutivamente, porque os instrumentos de que o organismo, mais especificamente o fígado, lança mão para remover o excesso de colesterol circulante, não existem em quantidade suficiente ou não funcionam em sua plena capacidade.

Anormalidades no processamento do LDL colesterol.

Um a cada 500 adultos têm uma anormalidade genética que impede o organismo de processar adequadamente o LDL colesterol. Tais indivíduos terão o colesterol alto mesmo ingerindo-o em quantidades pequenas.

Quando se deve dosar o colesterol?
Recomenda-se dosar o colesterol no sangue a cada 5 anos a partir dos 20 anos de idade. A chance de desenvolver doença do coração aumenta proporcionalmente ao aumento do colesterol. Os níveis ideais situam-se abaixo de 200 mg/dl. Indivíduos acima de 35 anos e com colesterol em níveis ideais não precisam de tratamento.
Quem deve ser tratado?
 Quem tiver colesterol total elevado e LDL acima de 130, necessita dieta, perda de peso e exercícios. Recomenda-se o uso de medicação para aqueles com LDL alto, acima de 190 apesar da dieta. Para quem tiver mais de dois fatores de risco, a recomendação de remédios é feita em níveis mais baixos de LDL, por volta de 160.
Já para os indivíduos sabidamente portadores de doença coronariana, recomenda-se uma abordagem mais agressiva: remédios para quem tiver LDL acima de 130, visando deixá-lo abaixo de 100.
  
Qual o tratamento para níveis elevados de colesterol e triglicerídeos?
As recomendações para o tratamento do colesterol alto devem levar em consideração os níveis de colesterol total, LDL, HDL e a associação com outros fatores de risco para doença coronariana. Dieta, exercícios físicos e perda de peso constituem o tripé insubstituível mesmo para quem utiliza os medicamentos para baixar o colesterol. A redução da ingestão de colesterol e gorduras saturadas e o aumento no consumo de fibras pode reduzir em 10 a 15% os níveis sanguíneos de colesterol e em 15 a 20% os de triglicerídeos. Mas caso níveis elevados persistam com a dieta, indicam-se os medicamentos. É fundamental compreender que a eficácia do uso dos redutores de colesterol em prevenir morte cardíaca e infarto depende de seu uso contínuo. O processo de deposição de gorduras na parede das artérias inicia-se precocemente, ainda na adolescência e, portanto não há benefício no tratamento de curto prazo. Dietas ricas em colesterol e gorduras saturadas podem aumentar os níveis circulantes de colesterol. Dietas ricas em gorduras insaturadas podem baixar os níveis de colesterol.

Medicamentos.
A colestiramina é um preparado que deve ser misturado com líquido. Uma vez no intestino, esta substância fixa os sais biliares e impede a absorção de gordura e colesterol. Entretanto, sua eficácia é proporcional à dose ingerida e, infelizmente, a tolerabilidade do organismo para doses acima de 2 a 3 saquinhos diários é bastante reduzida, podendo levar a náuseas, indigestão e constipação intestinal.
Os fibratos, como o gemfibrozil têm mais ação sobre os triglicerídeos, ao mesmo tempo em que aumentam os níveis de HDL, o “colesterol bom”. As “vastatinas” compõem o grupo de medicamentos mais eficaz e bem tolerado redutor de colesterol e atuam bloqueando a síntese desta substância pelo fígado. Elas podem reduzir o LDL colesterol em 25 até 50%, ao passo que aumentam o HDL em 5 a 10%.

Em casos graves, hipercolesterolêmia.
Pacientes com hipercolesterolêmia familiar podem necessitar de combinações de medicamentos e, nos casos mais graves, podem necessitar de recurso a aparelhos de “diálise” que removem o colesterol da circulação à semelhança de uma hemodiálise para pacientes.

Referências:



sábado, 18 de outubro de 2014

Desmisticolesterolizando

.
      "O grande inimigo da verdade não é muito frequentemente a mentira (deliberada, controvertida e desonesta), mas o mito – persistente, persuasivo, e não realista. (John F. Kennedy).

O dicionário Aurélio define mito como “Ideia falsa que distorce a realidade e não corresponde a ela”. A história é atravessada por uma série de mitos que fazem parte do imaginário humano, usados para explicar fatos e até para provocar medo frente ao desconhecido, saciar a sede do homem na busca por respostas, e portanto é tomada por verdade, até que haja a desmistificação baseada em algum fundamento prático. As doenças acompanham o homem desde o sempre e assim se buscou a causa dos males nas mais diferentes teorias que vão de um extremo a outro.
Até hoje com todo o desenvolvimento cientifico, as pessoas por escassez de informação tendem a mistificar assuntos que deveriam ser de explicação simples, uma das mais debatidas ideias se debruçam sobre o colesterol, que pelo consenso da massa, é a causa de muitas doenças do sistema vascular e tem relação direta a obesidade, sendo assim visto pela grande maioria como um verdadeiro vilão, a mídia insiste em afirmar essa ideia sem dar a possibilidade de discernimento ao espectador leigo, um dos assuntos mais debatidos atualmente se dar sobre o HDL (High Density Lipoprotein) e o LDL (Low Density Lipoprotein), vulgarmente conhecidos por colesterol bom e colesterol ruim.
Essa postagem será dividida em duas partes, a primeira será para esclarecer o que é o colesterol e sua função no organismo, a segunda será a abordagem clinica a respeito dos seus efeitos.
Muito se fala sobre o colesterol, mas será que todos sabem o que ele significa?
Colesterol é um composto químico da família do álcool, com aparência e textura de uma cera macia que é muito importante para o organismo humano porque ele participa na síntese da membrana celular, na produção da vitamina D e dos hormônios sexuais feminino e masculino, que são respectivamente o estradiol e a testosterona, que também são esteroides, parte é sintetizada no fígado e instestino, e o restante é obtido a a partir da alimentação, o colesterol é lipossolúvel e portanto para chegar até os tecidos  precisa se ligar a outras substancias formando partículas maiores, chamadas lipoproteínas O colesterol é insolúvel em água e ele precisa ser transportado de um tecido para o outro por meio do sangue, que é aquoso. Assim, ele é convertido em lipoproteína , que são estruturas esféricas que comportam em seu centro substâncias hidrofóbicas, que não se solubilizam em água, como o colesterol e outros lipídios. Essas moléculas ficam cercadas por proteínas, que são hidrofílicas, isto é, possuem afinidade com água e se dissolvem nela. As mais importantes lipoproteínas são o VLDL (também conhecidas como triglicérides), LDL (mau colesterol) e HDL (bom colesterol). O fígado acondiciona os triglicérides na forma de VLDL e os despacha, pela corrente sanguínea para as células, juntamente com menores quantidades de colesterol e proteínas, é então que as células armazenam e utilizam essa quantidade de gorduras como "combustível". Tanto as taxas de colesterol muito altas quanto as muito baixas são perigosas à saúde. O colesterol




LDL (lipoproteínas de baixa densidade)

Sua densidade pode variar de 1,006 a 1,063 g/mL. Possui 8% de massa livre de colesterol e 70% do colesterol em nosso organismo aparece nessa forma de proteína O LDL transporta o colesterol do fígado para abastecer o restante do organismo, e é o mais importante carreador de colesterol no sangue. Costuma ser denominado “mau colesterol” porque seu excesso no sangue associa-se a doença das artérias coronárias. A LDL lipoproteína deposita o excesso de colesterol na parede das artérias provocando a formação de placas gordurosas que estreitam os vasos e podem impedir a circulação do sangue. Estas placas de aterosclerose podem localizar-se nas artérias que nutrem o coração, as coronárias, dificultando a circulação do sangue e podendo levar à isquemia do músculo cardíaco, ou seja, ao sofrimento do coração por falta de sangue e oxigenação adequada. A isquemia pode provocar dor no peito (angina) e um coágulo formado na região da placa pode, por fim, bloquear completamente a passagem do sangue, provocando o infarto.

HDL (lipoproteína de alta densidade)

Sua densidade se situa entre 1,063 e 1,210 g/mL, além de possuir apenas 2% de colesterol livre em massa. Da quantidade total de colesterol que há em nosso organismo, somente 30% aparece nessa forma de proteína as HDL lipoproteínas, ou “bom colesterol” remove o colesterol da parede das artérias, devolvendo-o ao fígado para ser excretado. O fumo baixa os níveis de HDL, enquanto o exercício físico aumenta.

Triglicérides

Os triglicerídeos são a principal gordura originária da alimentação, mas podem ser sintetizados pelo organismo

        O colesterol pode ser sintetizado por nosso organismo, principalmente no fígado e intestinos, ou ingeridos. Quanto mais colesterol é consumido, menos colesterol será sintetizado, e vice-versa. Pelo fato de o colesterol constituir as membranas celulares de células animais, o colesterol pode ser encontrado em alimentos que tenham essa origem, tais como ovo, bacon (toucinho defumado), carne vermelha, nata, manteiga e laticínios no geral.
 As chamadas dietas ricas em gorduras saturadas, que são principalmente encontradas nos alimentos de origem animal, têm a propriedade de aumentar o colesterol. A maioria dos óleos vegetais, exceção feita à gordura de coco e óleo de cacau, é rica em gorduras insaturadas e não eleva o colesterol. Os óleos de oliva e canola são ricos em gorduras monoinsaturadas e podem até mesmo ter um efeito protetor contra a aterosclerose coronariana.

A biossíntese do colesterol é a seguinte:

Além de ser ingerido na dieta, o colesterol pode ser sintetizado pelos tecidos humanos.
O colesterol é sintetizado a partir de acetil CoA (que pode ser derivado de hidratos de carbono, de aminoácidos ou de ácidos gordos). O fígado é o principal local de síntese do colesterol, mas também pode ser sintetizado no intestino ou em glândulas que produzem hormonas esteróides (córtex adrenal, os testículos e os ovários, por exemplo). Todas as reações biossintéticas ocorrem no compartimento citoplasmático das células, mas algumas das enzimas necessárias estão  ligadas às membranas do retículo endoplasmático.
A síntese endógena do colesterol – envolve mais de 30 reações enzimáticas – podendo dividir-se em 3 etapas fundamentais:



1.      Formação do Mevalonato;
 Nesta primeira fase, 3 moléculas de acetil CoA são condensadas a HMG-CoA

2.      Formação do Ácido Mevalónico;
O HMG-CoA, é em seguida, reduzido em ácido mevalónico, pela redutase da HMG-CoA.
3.      Formação do Colesterol;
Posteriormente, o mevalonato é transformado, após sucessivas condensações, em esqualeno, dando-se finalmente, a ciclização deste composto em colesterol.


Na próxima postagem trataremos sobre os aspectos clínicos, e a influência direta do colesterol em doenças do sistema cardiovascular.

Referências:

http://www.ff.up.pt/monografias_toxicologia/monografias/ano0405/estatinas/sintese_colesterol1.htm

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Medicamentos para emagrecer: Salvem nossa dieta!

             
            Na primeira postagem abordamos o tema obesidade de maneira geral, expondo os riscos a que estão sujeitos os indivíduos, e desenvolvemos o tema como um problema de saúde pública como ele realmente deve ser tratado. Continuando a ideia principal do blog temos que avaliar os efeitos da obesidade ou sobrepeso na saúde das pessoas, inclusive na hora de se desfazerem dessas gordurinhas tão indesejadas. O verão está chegando!
             
            Os padrões de beleza se modificam ao sabor da mídia e a indústria dependente da estética continua a faturar seus bilhões. Mas o verão está chegando e assim as pessoas entram no mode-on para o projeto verão que tem como objetivo máximo a perda de peso a curto prazo, afinal de contas, quem não deseja estar em forma para aproveitar ao máximo o que o verão tem a oferecer, e por uma surpreendente coincidência a quantidade de anúncios sobre medicamentos para emagrecimento milagrosos tendem a aumentar, coisas do destino.
              Para emagrecer de forma saudável todos conhecemos a fórmula correta, uma boa alimentação, que seja balanceada para o seu cotidiano, hábitos saudáveis aliados a pratica de atividade física, não esquecendo do acompanhamento de um médico. No entanto a busca por um corpo perfeito de maneira mais simples provoca a procura por medicamentos e substâncias naturais que possam dar aquela mãozinha na hora de perder peso, e que interferem no metabolismo, catabolismo ou ritmo corporal. A auto medicação também envolve sérios riscos como bem trabalhado em uma postagem pelo blog “Tem bioquímica no sangue?” http://sanguebioquimico.blogspot.com.br/ que explica os efeitos em que a auto medicação pode acarretar no funcionamento do organismo, usando o paracetamol como exemplo, discutiu-se até qual é o limiar em que o remédio torna-se danoso, tomando isso por base virtualizamos a procura pela estética, em medicamentos que se dividem em quatro tipos:

1.            1.Os controlados

São medicamentos para emagrecimento que necessitam de prescrição médica, possuem tarja preta ou vermelha e há a retenção de receita. Entre os controlados existem 3 tipos diferentes:

As famosas anfetaminas: Eram entre os medicamentos para emagrecer, os mais clássicos, a anfepramona, fenproporex e mazindol, que no final de 2011 foram proibidos no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As anfetaminas agem como estimulantes do SNC, aumentando a atividade cerebral reduzem o sono e o apetite.  Ao agir sobre os centros de controle do hipotálamo, ao mesmo tempo em que reduz a atividade gastrintestinal, a droga inibe o apetite e seu efeito pode durar de quatro a 14 horas, dependendo da dosagem. As anfetaminas são além de estimulantes, anorexígenas (pois reduzem o apetite). No entanto em um efeito semelhante ao que ocorre com a morfina, o organismo desenvolve tolerância às anfetaminas, o que exige doses cada vez maiores para que se obtenha o mesmo efeito. Elas foram retiradas do mercado legal por diversos motivos, mas principalmente pela suspeita de provocarem AVC.

A sibutramina: É comercializada com o nome de Reductil®, medicamento de tarja preta, possui ação mais especifica e menor ação estimulante que as anfetaminas. Atua de forma semelhante aumentando a transmissão dos neurônios serotonérgicos, noradrenérgicos e dopaminérgicos. O emagrecimento se dá por duas formas: a sibutramina reduz a vontade de comer promovendo o aumento da saciedade; previne a redução do gasto energético que acompanha a perda de peso.
Existem vários riscos no uso de sibutramina e por isso o médico e o paciente precisam assinar um termo de responsabilidade informando que estão cientes dos riscos de utilizar esse medicamento. Como afeta diretamente o coração pode causar problemas cardiovasculares: hipertensão, arritmias, infarto do miocárdio, taquicardia e AVC.

Também são utilizados antidepressivos e ansiolíticos para emagrecimento. Eles não possuem ação anorexígena, porém diminuem a ansiedade (ansiolíticos), combatendo assim um de seus efeitos que a gula. O antidepressivo fluoxetina (Prozac®) tem como um de seus efeitos colaterais a redução da fome, sendo por isso prescrito também como emagrecedor.

Vale lembrar que todos esses medicamentos provocam dependência física ou psíquica. Então deve ser prescritos e ter o acompanhamento de um médico, se utilizando sempre de pequenas doses.

2.             2. Medicamentos que afetam a absorção de gordura.

Pela lógica ficamos com acumulo de gordura pelo armazenamento dos triglicerídeos no tecido adiposo, então não demorou muito para que algum espertinho percebesse que se intervisse no catabolismo das moléculas de gordura então cessaria esse processo. Bingo! Temos o Xenical®, que em seu princípio ativo temos o orlistate, produzido pelas bactérias Stremptomyces toxytricini. Essas bactérias produzem uma substancias que age inibindo as enzimas pancreáticas (as lipases) que tem o papel de catabolizar a gordura ingerida, isso no intestino. Por meio desse processo, ou melhor, pela falta dele, as macromoléculas de gordura não são absorvidas na parede do intestino sendo assim eliminadas com as fezes. Mas como não existe medicamento assim tão milagroso (para o delírio dos gordinhos) o efeito adverso do medicamento é sim, uma famosa diarreia! Experimente consumir alimentos ricos em gordura, e você constatará o efeito laxativo.

O olistrate (princípio ativo do Xenical) e a sibutramina são os medicamentos para emagrecer mais utilizados no mundo. Sendo o olistrate considerado muito mais seguro.

3.             3. Os termogênicos

Um tipo de substancia bem conhecida por que curte academia, e que se escuta muito a respeito são os termogênicos, que segundo a “mitologia” quebra o tecido adiposo ao acelerar o metabolismo, aumentando assim a temperatura corporal, daí a etimologia.
Com toda certeza você que está lendo essa postagem, já ouviu falar em adrenalina, e também já deve ter sentido seus efeitos. A regulação de temperatura, o metabolismo e a queima de gordura são feitas por um mecanismo que usa a adrenalina como neurotransmissor. Portanto os termogênicos agem de forma semelhante a adrenalina utilizando compostos parecidos como a efedrina. Os efeitos adversos são similares ao da adrenalina e incluem sintomas cardíacos como aumento de pressão, taquicardia, tremores e arritmia.
Os efeitos do termogênicos ainda são passiveis de discussão, pois os estudos não tiveram resultados conclusivos.

4.             4. Os naturais

Esses são os favoritos das farmácias e das revistas de regime. Cada ano um novo composto natural é eleito como o salvador da dieta. Agora o exercício de raciocínio é simples, se funcionassem realmente e fosse realmente seguros e eficazes, uma grande indústria farmacêutica já teria patenteado, e estaria ganhando alguns bilhões, certo?

Referências:

Linck, Viviane. Medicamentos para emagrecer: Como funcionam e quais seus riscos. Disponivel em: < http://temciencianoteucha.wordpress.com/2013/11/28/medicamentos-para-emagrecer-como-funcionam-e-quais-os-seus-riscos/>. Acessado em 08 de out. de 2014.


Wikipédia. Anfetaminas. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Anfetamina> ; Acessado em 08 de out. de 2014


Wikipédia. Sibutramina. Disponivel em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sibutramina>; Acessado em 08 de out. de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Os gordinhos contra atacam...



Não são poucos os estudos que indicam que o peso acima do considerado ideal interfere de maneira maléfica na saúde dos gordinhos, gerando desconforto que interfere de forma significativa na qualidade de vida, quem já esteve acima do peso e hoje está de bem com a balança que o diga. É consenso geral que o excesso de peso contribui para a instalação de várias doenças, dentre as que se destacam estão as doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, apneia do sono, alguns tipos de cancro, osteoartrite e depressão. E essas doenças com contagio ligado a obesidade respondem por 2/3 das mortes no mundo.
Mesmo havendo o conhecimento a respeito da obesidade como doença crônica, nota-se um fenômeno quando relacionamos o sobrepeso e o tabagismo, que mata 10 mil pessoas por dia em todo o mundo. Enquanto houve uma redução drástica de fumantes que caíram pela metade no Brasil nos últimos 20 anos, o número de pessoas com sobrepeso aumentaram de maneira alarmante, sendo hoje considerada uma epidemia, no Brasil o último levantamento do Ministério da Saúde mostrou que mais da metade dos adultos brasileiros tem sobrepeso e pelo menos 17% da população está obesa. E tendo em vista a divulgação de todos esses dados cabe a pergunta: se a população tem consciência dos prováveis males, porque a quantidade de pessoas com peso acima do normal aumenta?
  Uma das respostas pode ser o estilo de vida do brasileiro que vem se modificando, tornando-se mais sedentário, tendo maus hábitos alimentares, o advento de novas tecnologias e uma série de fatores que nos fazem enfrentar hoje o que já passaram nações que tiveram industrialização anterior a nossa, como os EUA que tem hoje 26% da população obesa. E a solução do problema é simples, a obesidade pode ser remediada e evitada.
 O principal remédio para a obesidade é a prática de exercício físico que traz benefícios ao corpo e a mente, e portanto evitar ou perder aqueles quilinhos indesejados deverá ser uma atividade prazerosa.
            Os benefícios gerais da atividade física são:
  • Emagrecer, combatendo a obesidade;
  • Melhorar a circulação sanguínea;
  • Aumentar o metabolismo;
  • Fortalecer o sistema imune;
  • Diminuir os riscos de doenças cardíacas;
  • Aumentar a resistência dos ossos, prevenindo a osteoporose;
  • Melhorar a coordenação dos movimentos e do equilíbrio;
  • Aumentar a boa disposição e o bom humor;
  • Diminuir o estresse, risco de ansiedade e depressão;
  • Promover uma maior interação social;
  • Melhorar a imagem corporal e a auto estima;
  • Melhorar a capacidade de aprendizagem.

 Assim como aconteceu com o cigarro, as campanhas de prevenção e conscientização do público em geral começam a engatinhar e ganhar força no combate a esse mal. A mídia tem papel fundamental quando se trata em incentivar a perda de peso, pois não adianta alguém lhe dizer que é prejudicial a sua saúde, isso não é uma informação nova, mas alguém lhe informar que é possível reduzir seu peso, como fazer isso e como esses novos hábitos podem repercutir de maneira positiva na sua qualidade de vida.

  Existe um quadro de um programa muito famoso do horário nobre dominical, intitulado de “Medida Certa”, que é um ótimo exemplo da influência positiva da mídia, sua ideia é muito simples, captar personagens famosos e conhecidos no meio artístico ou esportivo brasileiro, que estavam bem acima do peso considerado como saudável a partir dos critérios adotados pela OMS, e então “deslipidiálos”, ou seja, não torna-los ícones do fisiculturismo, mas sim os induzir a atingir o peso ideal através da mudança de hábitos. A família brasileira se reúne e acompanha o desenvolvimento de personagens como “Ronaldo Fenômeno” na sua guerra contra a balança. Por trás das cortinas o quadro foi visto como uma maneira de conscientizar o público dos malefícios que uma vida sedentária pode trazer, e o melhor, mostrar que é possível vencer essa guerra de uma maneira prazerosa, pois as pessoas não acompanham apenas o antes e o depois, mais o durante.