sexta-feira, 7 de novembro de 2014

No mínimo, o máximo de atenção!

                “É melhor prevenir do que remediar”. Algumas frases caem no gosto popular e aos poucos vão se tornando clichês, mas algumas dela são verdades inegáveis, se há a possibilidade em evitar algo que venha a ser nocivo, então porque passar por tal situação de risco, por aventura? Não. Por  descaso? Talvez. Por falta de informação? Provavelmente. O Ministério da Saúde (MS)através do Sistema Único de Saúde (SUS) ampara todos os brasileiros, não com a qualidade e homogeneidade esperada, mas acolhe a todas as classes, em contraste a países do primeiro mundo em que não há programas semelhantes, como os EUA. O MS trabalha basicamente em três frentes, o atendimento básico em que há todo o acompanhamento do paciente por uma equipe multidisciplinar que é realizado em um Unidade Básicas de Saúde (SUS), popularmente conhecidos como postos de saúde e que são locais aonde o cidadão pode receber, gratuitamente, os atendimentos essenciais em saúde da criança, da mulher, do adulto e dos idosos em odontologia, ter acesso a medicamentos e outros atendimentos primários. As UBS's resolvem 80% dos problemas de saúde da população do território que ela é responsável e promovem hábitos saudáveis de visto. Visto deste modo o programa se bem aplicado e instituído é basicamente bastante funcional visto que podem vir a resolver 80% dos casos, desafogando assim os dois outros estágios que envolvem um gradual aumento de complexidade. As UBS's são considerada a linha de frente, para maiores complexidades há ainda as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) que são hospitais para atendimento de urgência e emergência, atuando em casos de média complexidade, para casos que necessitam de atenção especial, há o encaminhamento a hospitais de referência, que seriam a retaguarda do sistema.
             A partir das postagens anteriores percebemos o quão nociva a obesidade vem a ser na vida das pessoas, física e emocionalmente, é uma doença crônica e perigosa cadastrada no CID 10 E66 Obesidade devida a excesso de calorias, é conhecida pelo efeito potencializador de várias outras doenças, então nós humanos usamos a lógica e deduzimos que se existe um mal que gera uma gama de outros males, que tal cortamos o mal pela raíz? Voltemos então ao início do texto, é melhor previnir do que remediar, mas se a doença já se estabeleceu há de ser tratada, e esse acompanhamento é oferecido ao cidadão pelo Sistema de Saúde, onde ele o econtra em UBS da sua comunidade, caso seja necessário a o encaminhamento para hospitais de referência. A portaria 424/2013 do MS difiniu novas diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, que fazem parte da linha de atuação do SUS. A portaria demonstra uma nova postura diante a obesidade que vem crescendo assustadoramente no Brasil em que metade da população é considerada acima do peso, suas determinações englobam cuidados com a obesidade de forma completa, incluindo desde a prevenção ao tratamento, isso é uma mudança de impacto extremamente positivo para o futuro do Sistema Único de Saúde e, principalmente, para a saúde da população brasileira., pois há uma linha de cuidados das pessoas com sobrepeso e obesidade. De acordo com o Artigo 4º desta portaria, a prevenção e o tratamento da obesidade ficam incluídos na rede de atenção básica à saúde. Com relação às medidas relacionadas a prevenção, elas são bem completas. Enaltecem a preocupação com o diagnóstico da doença, que por vezes passa despercebida pela população em geral e, até mesmo pela classe médica.                                          Outra determinação importante é o acolhimento adequado dos pacientes nos serviços de atendimento, conforme parágrafo g deste mesmo artigo. O obeso tem o direito de ser recebido como paciente que precisa de assistência. A capacitação adequada de profissionais de saúde para o atendimento a esses pacientes é fundamental para banir o preconceito com a obesidade em todos os níveis de atendimento.

 O tratamento do paciente obeso em unidade básica de saúde, segundo a portaria, deve seguir as diretrizes clínicas vigentes. Atualmente, no Brasil há a disponibilidade de apenas dois medicamentos aprovados para a obesidade (sibutramina e orlistate) e, diante da evidente relação custo-benefício, que não existem disponiveis gratuitaente no sistema, a sibutramina foi tratada em uma postagem anterior. Além do exposto acima, a portaria também amplia os limites de idade para realização de cirurgia bariátrica, reduzindo a idade mínima para 16 anos e a máxima fica a critério da equipe multiprofissional. A cirurgia bariátrica promove manutenção da perda de peso a longo prazo, com redução de doenças associadas a obesidade e melhora da qualidade de vida. A redução da idade para a indicação da cirurgia e a possibilidade de cirurgia plástica reparadora após o tratamento cirúrgico têm indicações muito claras na portaria: seguimento de protocolos clínicos por, no mínimo dois anos, na Atenção Básica ou Atenção Especializada, sem resultado satisfatório e fechamento das epífises de crescimento.                                                          
              A cirurgia plástica reparadora também está sujeita à aderência ao seguimento pós-operatório.

A cirurgia não pode ser vista como o final do tratamento da obesidade, mas apenas como um meio, a portaria, inclui a assistência completa com apoio nutricional, atividade física e acompanhamento clínico, entre outros cuidados de uma equipe multidisciplinar. Os casos cirúrgicos devem ser a minoria do atendimento a esta doença crônica de grande prevalência.

           A partir da portaria podemos ver que o tratamento da obesidade é um processo delicado, que pode vir a envolver em caso de não evolução, a cirurgia bariatrica e consequente reparação por meio de cirurgia plástica, e tudo disponibilizado de forma gratuita a toda a população. Quando o processo clínico não é suficiente para curar ou amenizar certas patologias, se recorre a metodos invasivos como a cirurgia, tratando-se da obesidade, a cirúrgia bariatrica é um dos recurso, e ela será discutida na próxima postagem.

         É importante ressaltar que no papel existe uma pratica de saúde, enquanto a realidade que se apresenta é outra, mais atenuada em alguns locais e mais acentuadas em outros visto que o serviço de saúde pública é ligado diretamente em sua maior parte a estados e municípios, e a sua qualidade é intrínseca a direção dos mesmos, o SUS não é um program perfeito, e sim cheio de falhas, mas consegue levar saúde a quem não pode compra-lá.

8 comentários:

  1. O Brasil é um país de contrastes. Enquanto uma parcela da população sofre com a desnutrição e a pobreza, outra parcela (considerável) vive acima do peso.
    A obesidade, e em especial a obesidade em crianças e adolescentes, é um problema de saúde pública. Dados do IBGE revelam que a cada três crianças de 5 a 9 anos de idade, uma está acima do peso recomendado. Eram 3,7% os jovens com a massa corporal acima do ideal entre 1974-75; em 2008-09 esse contingente chegou a 21,7%. No público feminino, o crescimento foi menor, de 7,6% para 19,4%.
    Visando prevenir e reduzir esse quadro de obesidade, tornam-se necessárias ações governamentais de conscientização nas escolas, assim como foi realizado em 2012 na Semana de Mobilização Saúde na Escola, em que os profissionais das equipes do Programa Saúde da Família fizeram a avaliação nutricional dos estudantes, pesando e medindo os alunos para calcular seus Índices de Massa Corpórea (IMC), além de fazer orientações nutricionais, e encaminhamento dos estudantes que estavam com excesso de peso para as Unidades Básicas de Saúde.
    Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2012/03/governo-federal-inicia-campanha-contra-obesidade-infantil-em-escolas-nesta-segunda

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  2. Considerando os riscos que a obesidade pode oferecer, é essencial a instituição de medidas para a sua prevenção ainda na infância. Essas medidas podem ser iniciadas já na vida intrauterina, a partir da promoção da saúde da gestante, identificação de fatores de risco para a saúde da criança e da orientação quanto a hábitos de vida que favoreçam o peso saudável. Durante os primeiros anos de vida, é importante a orientação alimentar adequada e específica para que os cuidadores entendam não apenas quais são os alimentos que devem ser consumidos, mas também sua forma de preparo, quantidade e idade e idade em que devem ser introduzidos. Além disso, é importante que a família, a escola e a comunidade como um todo estejam engajados no projeto coletivo de melhorar a saúde da população.

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  3. Muitíssimo interessante a iniciativa de transformar o modo de tratamento dos obesos. A obesidade é realmente uma doença, ela é como uma porta que se abre para a entrada de doenças oportunistas. Doenças cardíacas, vasculares, ósseas entre outras, se aproveitam da desregulação de medidas como glicemia, e calorias, do organismo para se manifestar. Desse modo, se a obesidade é causa de outras doenças, prevenir é o melhor remédio. Alguns médicos indicam o controle do estímulo à gula, como, por exemplo, tirar da lista de comprar "alimentos proibidos".
    Outro ponto positivo, mas que pode vir a ser um perigo é o maior acesso a cirurgias de redução de estômago, essa não é uma cirurgia simples e põe a vida do paciente em risco de morte. Ainda, se não tiver um acompanhamento bem feito pode ocorrer um "efeito sanfona" aliados ainda a distúrbios de ordem psicológica. Percebe-se, então, que melhor é ficar longe de salgados e docinhos do que ficar sujeito aos perigos de efeitos colaterais de uma cirurgia bariátrica.

    Fonte:http://obesidadenobrasil.com.br/prevencao/

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  4. É a Estratégia Saúde da Família (ESF) escolhida como reordenadora do modelo assistencial do SUS e vem, desde 1994, consolidando-se como ordenadora do sistema e coordenadora do cuidado, e assim, firma-se como fundamental na estruturação das redes de atenção à saúde.
    A ESF busca concretizar os princípios de integralidade, universalidade e participação social e constitui importante pilar para a ampliação do acesso, qualificação e reorientação das práticas sanitárias embasadas na promoção da saúde.
    A atitude de fornecer medicamentos para os obesos pelo SUS é uma das formas que o Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias de saúde, tem encontrado para a promoção de saúde de pacientes que já se encontram na condição de obesos, o que pode desencadear uma série de problemas cardiovasculares e psicológicos.
    A grande causa da obesidade no país, assim como em outros países, se deve à inversão de valores ligados à alimentação e ao preparo dos alimentos, uma vez que cada vez mais brasileiros se alimentam fora de casa, e em fast food, de alimentos geralmente com altas taxas lipídicas e de açúcares. Lembrando ainda que a quebra dos açúcares (carboidratos) pode originar outros carboidratos ou ainda, lipídios, o que proporcionalmente aumenta a taxa desses nutrientes essenciais, mas que em excesso podem desequilibrar a homeostase orgânica, como por meio da deposição de placas de gordura (aterosclerose-arteriosclerose).
    É importante que seja dada a continuidade de medidas anti-impactos como as já desenvolvidas, bem como as academias ao ar livre e programas de atividade física, sobretudo para a garantia de futuras gerações mais saudáveis e detentoras de uma integridade de poder de escolha.

    FONTES:
    http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2489&Itemid=468

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  5. A Promoção da saúde, definida como o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo (Brasil, 2001), traz um novo enfoque e uma ampliação do conceito de saúde, como já dito anteriormente. Essa nova forma de pensar a saúde é oportuna e necessária para o momento atual, pois vários trabalhos sugerem que fatores específicos de estilo de vida explicam parcialmente as doenças, sendo a pobreza (más condições socioeconômicas) considerada como fator de risco à saúde (Wallerstein, 1992).

    As más condições socioeconômicas, definidas, por exemplo, por renda per capita menor que o salário mínimo, moradia com problemas de conforto térmico ou ausência de água e/ou saneamento básico, ausência de alimentos necessários para a sobrevivência, criam condições iníquas entre os diferentes grupos da população, gerando diferenças de condições de vida que são desnecessárias e evitáveis, além de consideradas insatisfatórias e injustas (Whitehead, 1990). As situações podem ser consideradas injustas quando comparadas ao resto da sociedade. Assim, diferenças naturais ou de variações biológicas, ou a livre escolha de comportamentos de risco, não podem ser consideradas causas da iniqüidade. Mas, quando comportamentos de risco ou exposição a situações de vida e trabalho insalubres ocorrem por falta de opção da população e, além disso, quando o acesso aos serviços de saúde e a outros serviços públicos é inadequado, caracteriza-se a iniqüidade. Além de não ter oportunidade de escolha, há total falta de controle dos indivíduos sobre a situação em que se encontram.
    A obesidade tambem se encaixa nessa dinamica e deve ser entendida como uma doenca, devendo ser remediada

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  6. Muito mais fácil e sensato do que tratar, é prevenir o ganho de peso que costuma ocorrer durante a vida. O trabalho preventivo, quando possível, já começa na infância através da educação alimentar, estímulo à atividade física regular e monitorização do peso. Para os adultos, os cuidados envolvem uma conscientização do risco de ganho de peso com o envelhecimento, especialmente em determinadas situações como na gravidez, fase de menopausa, associado ao uso de determinados remédios, interrupção do hábito de fumar, suspensão de atividade física, entre outras..

    Quanto ao fator que dificulta o sucesso de dietas muito restritas em termos calóricos, que produzem a curto prazo perdas ponderais significativas, é a tendência fisiológica do organismo de se "defender" contra as variações pronunciadas no seu peso corporal. Restrições no seu aporte alimentar levam à ativação de mecanismos compensatórios para minimizar a perda de peso, através da redução na taxa de metabolismo basal. Um tratamento dietético que resulte em uma perda de peso mais modesta mas que produza alterações mais estáveis é provavelmente mais favorável. Assim, perdas ponderais entre 5 e 10% do peso inicial podem ser suficientes para produzir alterações benéficas nos níveis de glicemia, no perfil lipídico do plasma e nos níveis da pressão arterial.
    Torna-se importante também a prática da terapia comportamental.

    Como dito no post, mais fácil prevenir que remediar. Esforços devem estar voltados às duas formas de combate à obesidade, com uma preparação da sociedade.

    FONTES
    http://www.omint.com.br/novodnn/Falando-em-Saude/Artigo/Endocrinologia/Prevencao-de-Obesidade
    http://www.endocrino.org.br/tratamento-da-obesidade/

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  7. A obesidade ou sobrepeso tem tornado-se um tema cada vez mais recorrente nos diversos ambientes em detrimento da desnutrição, e a causa não é abundância de alimentos, e sim, a péssima qualidade da alimentação dos indivíduos, geralmente muito calóricos e lipídicos.
    Conforme destacado, a atenção básica, através das ESF's, representam um papel de extrema importância atuando na prevenção, em especial da orientação sobre alimentação adequada, assim como acompanhando indivíduos propensos ou no início da condição obesa.
    O Programa de Saúde na Escola desenvolvido pelos profissionais da atenção básica em parceira com os profissionais da educação, foi criado em 2007 com intuito de promover saúde e educação integral e na Semana Saúde na Escola em 2014 (07-11/04), teve como tema as práticas corporais, atividade física e lazer numa perspectiva de cultura de paz e direitos humanos, atuando sobretudo na perspectiva da obesidade e sobrepeso.
    Outro fator também destacado na postagem, refere-se ao uso legalizado de medicamentos para tratamento da obesidade, que em muitas vezes trás problemas estomacais aos indivíduos, que para sanar este segundo problema fazem o uso de anti-ácidos.
    Os anti-ácidos diminuem o pH estomacal (em torno de 2,0), importante para a degradação das macromoléculas, e produzem efeitos colaterais como aumento da produção de ácido estomacal, aumento da pressão arterial e quebram a barreira estomacal.
    Assim, é de extrema importância atuar na prevenção da obesidade e sobrepeso, como muito em enfatizado e destacado no blog. Unir as forças da saúde e de outros setores é uma ferramenta importante na busca do bem estar geral.

    FONTE:
    Programa Saúde na Escola (PSE). Disponivel em http://dab.saude.gov.br/portaldab/pse.php?conteudo=semana_saude_escola Acesso em 13/11/2014.

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  8. A obesidade é um dos fatores de risco mais importantes para outras doenças não transmissíveis, com destaque especial para as cardiovasculares e diabetes. Muitos estudos demonstram que obesos morrem relativamente mais de doenças do aparelho circulatório, principalmente de acidente vascular-cerebral e infarto agudo do miorcádio, que indivíduos com peso adequado (FEDERACIÓN LATINOAMERICANA DE SOCIEDADES OBESIDAD, 1998; FRANCISCHI, 2000). O excesso de peso está claramente associado com o aumento da morbidade e mortalidade e este risco aumenta progressivamente de acordo com o ganho de peso. Observou-se que o diabetes mellitus e a hipertensão ocorrem 2,9 vezes mais freqüentemente em indivíduos obesos do que naqueles com peso adequado e, embora não haja uma associação absolutamente definida entre a obesidade e as doenças cardiovasculares, alguns autores consideram que um indivíduo obeso tem 1,5 vezes mais propensão a apresentar níveis sanguíneos elevados de triglicerídeos e colesterol (WAITZBERG, 2000). As doenças e agravos não transmissíveis têm expressão clínica após longo tempo de exposição aos fatores de risco e da convivência assintomática do indivíduo, mesmo quando os fatores de risco podem ser perceptíveis, como o tabagismo, etilismo, pouca atividade física e o excesso de peso (BRASIL, 2001a). O sobrepeso por si não tem efeito imediato no desenvolvimento de doenças crônicas, porém a história de excesso de peso pode contribuir para variações nos riscos à saúde.

    Fonte:

    http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAWvsAA/caderno-atencao-basica-obesidade

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